DIA DE FINADOS
“E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos”. (Mateus 8:22)
Nunca entendi muito quando lia essa passagem na bíblia, me parecia que Jesus estava sendo um tanto ao quanto frio, porém hoje ao ficar pensando no dia dos mortos creio que me veio o entendimento.
Não podemos ficar chorando nos lamentando todos os anos, e nem nos desesperando por não termos mais quem amamos ao lado. Precisamos viver nossa vida e cumprir nossa missão. Creio hoje que essa era a intenção de Jesus quando falou deixar os mortos enterrarem seus mortos. Não podemos ficar presos no sentimento de perda, apenas nas saudáveis lembranças.
Vejo tantas pessoas comemorarem o Dia de Finados indo ao cemitério e passando o dia todo entristecidas relembrando a perda do ente querido. Particularmente, eu nunca gostei desse dia, pois não achava legal ficar com essas lembranças tristes, então procurava não pensar durante esse dia e mesmo respeitando a dor dos outros eu enfiava minha cara nos livros e aproveitava o feriado para dormir e ler.
Hoje, fui buscar a origem desse feriado, e descobri que tudo começou com os indígenas no México que acreditam que a morte é o fim de um ciclo, onde quem morre pode reencarnar e realizar seus objetivos em outra vida. Assim, eles celebram a vida, as lembranças e os ensinamentos dos que já morreram.
Eu, sendo cristã, não creio em reencarnação, pois na Epístola de Hebreus, capítulo 9, versículos 27 e 28, está escrito: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”.
Mas, creio piamente que se encerra o ciclo da vida terrena para a vida espiritual com Cristo Jesus, onde após o juízo final onde todos serão julgados viveremos em uma nova terra e um novo céu.
Que possamos aprender e entender que nossos entes queridos cumpriram suas missões na Terra e agora estão aguardando o juízo final para iniciar o novo ciclo em suas vidas. Que possamos lembrar-nos deles com amor, carinho e saudade, mas não com tristezas.
Paula Mesquita