DE ONDE SURGIU O NATAL E SUAS DECORAÇÕES?
A data de surgimento fica entre os séculos III e IV d.c. Até o presente momento, nada há de evidências que afirme a data correta do nascimento de Jesus, estima-se por teorias que tenha sido em torno dos meses de março a maio, mas nada que realmente pudesse ser comprovado.
O povo que poderia ter todos os relatos históricos reais e que comprovassem a data correta, seria o povo judeu, mas acredito que por não crerem que Jesus é o Messias, fizeram tudo que podia para que escritos da época sumissem, ou estão guardados em um local muito secreto. O fato é que se Deus quisesse que soubéssemos, já teria desvendado esse mistério para nós.
O natal surgiu por uma ação da Igreja Católica da antiguidade, mas porquê? A Igreja de Cristo foi altamente perseguida no início de sua fundação, porque então comemorar o aniversário das divindades que existia em outros povos, inclusive o que lhe perseguia?
A história antiga, conta relatos de vários povos que não criam em Deus como nós cristãos cremos e por isso eram denominados pagãos. Povos como celtas, persas, gregos, romanos, caldeus, medos, sumérios, egípcios, dentre outros, com culturas e divindades diferentes. Com isso, eles adoravam suas divindades conforme criam. Quase todos comemoravam o solstício de inverno e o equinócio da primavera, também tinha a saturnália (festa de adoração ao deus Saturno) e o aniversário de Mitra. O solstício, o aniversário de Mitra e a saturnália eram comemorados em dezembro por causa do frio.
Por esse motivo, a Igreja Católica Romana imaginou que criando uma data onde comemorava-se o “aniversário” do seu Deus, seria uma forma de apagar do calendário romano as festas pagãs. De acordo com pesquisas, a primeira menção do natal foi em meados do século 4, no calendário criado por Fúrio Dionísio Filócalo, um escriba romano e gravador de pedra, especializado em textos epigráficos. Mas, parece-me, como falamos aqui no Brasil, que o tiro saiu pela culatra, pois elementos pagãos foram aderidos a essa comemoração. Que tal vermos como cada um surgiu?
O bondoso velhinho que entrega presentes a várias crianças do mundo quando se comportam bem durante todo o ano. Isso implica em obedecer aos pais, ter boas notas no colégio, ajudar aos mais velhos, tratar bem aos coleguinhas e amigos, ser bom para os animais. Seria muito legal, se não fosse por um pequeno detalhe: é uma mentira que a criança descobre quando fica mais velha e percebe que os pais foram os primeiros a mentir para ela por uma “boa causa”. Poderiam eles ser de confiança? Alguém pode me explicar onde pecar e se aliar ao diabo pode ser uma boa reação? Veja o que está escrito no Evangelho de João, capítulo 8, versículo 44: “Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira”.
Mas a questão não para por aí. Sua origem histórica está relacionada com um santo católico (São Nicolau) e com uma divindade que fazia parte do paganismo nórdico, Odin.
Nicolau Taumaturgo, um bispo cristão que viveu entre os séculos III d.C. e IV d.C., que viveu na Ásia Menor e ficou conhecido por sua generosidade. Sua aparência, deu forma ao Papai Noel, um velhinho de barba branca e de trajes vermelhos.
Odin, deus nórdico e germânico, era responsável por entregar presentes para as pessoas durante o Yule ou Jól, solstício comemorado por eles. Segundo a crença, ia montado em seu cavalo de oito patas, Sleipnir, onde podemos fazer correlação com as oito renas. Ainda conforme a lenda, ele ia de casa em casa deixando os presentes nas botas perto das chaminés com feno e cenoura, para a alimentação do cavalo de Odin, que em troca deixava os presentes. Aqui temos a referência das meias perto das chaminés. Ainda temos a lenda do velho inverno, que era um idoso que passava de casa em casa pedindo comida e bebida. Aqueles que o ajudavam tinham um inverno menos rigoroso.
Temos aqui mais acréscimos das culturas pagãs. Durante a saturnália, os romanos enfeitavam o templo de Saturno com árvores, enquanto os egípcios cultuavam ao deus Rá com palmeiras. As perenifólias, eram consideradas árvores que simbolizavam prosperidade para muitos povos antigos, pois ficavam verdes em qualquer época do ano, inclusive nos invernos mais rigorosos. Também significavam a vitória da vida e luz sobre a morte e as trevas.
Os enfeites antigos eram nozes, rosas de papel, bolachas e frutas, posteriormente criada em 1847 por um soprador de vidros na Alemanha. Também simbolizam desejo por prosperidade.
Simboliza a Estrela de Belém no nascimento de Jesus, indicando o local aos pastores e reis magos.
Tradição católica que as colocam em lugares de destaque, um mês antes do Natal. Seu simbolismo está na espera da segunda vinda do Jesus, sendo os ramos a eternidade de Deus, cada vela é um voto específico para os fiéis, e a luz de cada vela o brilho do evangelho na vida daqueles que servem a Cristo.
Anteriormente, eram usadas como flores sempre-vivas, depois foi ajustada em círculo simbolizando o amor infinito de Deus e com uma fita vermelha representando proteção divina. Por esse motivo, passou-se a usar nas portas das casas.
O fato é que na reação da igreja em apagar as festas pagãs misturou-se o sagrado com o profano. E apenas me lembro de uma passagem bíblica em que os filhos de Arão, separados por Deus para o sacerdócio, não tinham sido autorizados pelo Ele para acenderem o fogo na Tenda do Encontro, resolveram que iam fazer porque eram sacerdotes, porém a ira do Senhor se acendeu, porque o fogo era profano e eles morreram consumidos pelo fogo. Diz assim a Palavra do Senhor: “Vocês têm que fazer separação entre o santo e o profano, entre o puro e o impuro, e ensinar aos israelitas todos os decretos que o Senhor lhes deu por meio de Moisés”. (Levítico 10:10,11)
Depois de conhecermos tantos simbolismos, também temos muitos povos ainda hoje, não comemoram essa data, seja da forma correta ou não. São eles: islâmicos, budistas, judeus, hinduístas e xintoístas. Então, a pergunta é: qual a melhor forma de comemorar essa data e dar honra e glórias ao nosso Deus?
Paula Mesquita
BIOGRAFIA
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